A longa praia que liga Barra do Chuí até a Barra de Rio Grande. Uma imensidão de areia e mar.
Uma viagem incrível. E acessível a qualquer esportista mediano. Um pouco de coragem e terão uma grande história para contar para os netos.

Barra e Farol do Chuí. O Ponto mais ao sul do país. No outro lado do rio já é Chuy,Uruguay.

Ultimos quilômetros. Peço para o Rogério Pires, meu parceiro de viagem, fazer uma foto minha. Depois de muito fotografar vou para a frente da camera.

Tarde de domingo. A familia vai a praia. Hermenegildo e sua gente.

A uruguaia que mora no Hermenegildo preparou o bauru mais saboroso dos ultimos 630 quilometros. Ela mesmo realçou." Deve fazer muitos dias que uma mulher não prepara uma refeição para vocês" Era verdade. O nosso menu não variou muito. Ou era miojo com molho de tomate, carreteiro de charque ou picanha na brasa. Apesar de estarmos a beira mar o consumo de peixe foi pequeno.

A sereia já tinha um namorado

Na chegada em Hermenegildo uma sereia veio nos receber.

Córregos que desaguam no mar. Sangrias das lagoas sazonais.

Agua doce vinda do céu.

O caranguejo cor de rosa. pena que ele já estivesse morto.

Acampamento da Torre. Hora de arrumar as coisas e partir. Será nosso último dia pedalando pelas areias do extremo sul do país. Hermenegildo está bem perto. 15 quilometros .

Base da Marinha , Farol de Albardão. Um cabo e um soldado. Vida de marinheiro deve ser bem dificil.

Acampamento da Torre, o último acampamento ,um sentimento vago. A foz do Chuí está a poucos quilometros,uns 25. Os ultimos dias pedalando foram incríveis. Passamos a cascalheira sem maiores problemas. Algumas atoladas e banhos de agua do mar. Com bicicleta e tudo.

Depois da cascalheira o trecho ficou mais tranquilo, de vez em quando um banco de areia.Nos aproximamos de Hermenegildo.

A cascalheira. Bancos de conchas que transformavam o caminho . Chão fofo onde tinhamos que empurrar as bicicletas.Até mesmo os automóveis tem dificuldade em cruzar.

Acampamento na mata de pinus. Penultimo dia . Hermenegildo já está próximo.

Golfinhos , outras vitimas das redes de arrasto. Não sabemos o motivo mas as aves carniceiras não atacam os cadaveres dos golfinhos.

Nos 640km pedalados nosso único problema mecânico,um pneu furado.

Acampamento próximo a Bojuru.
Armamos nossa barraca na beira do barraco dos pescadores.
Inicio de nossa pedalada pela areia.

Farol de Sarita é uma das poucas edificações em concreto que existem na orla.
Pontos de orientação essenciais para a navegação
em uma região perigosa para a navegação.

A Estação Ecológica do Taim parece uma ilha no meio do deserto de mar,areia e pinus.

Aqui são desenvolvidos os estudos de campo que ajudam a desvendar os mistérios do banhado do Taim uma região exposta ao ataque do homem.

Seu ecossistema muito frágil é suscetível as inumeras agressões que sofre. Vários animais silvestres que habitam o lugar correm perigo de desaparecerem.

A coleta de resina dos pinus é feita manualmente. O processo é simples. corta-se parte da casca e é colocado um saco plástico para coletar o liquido que escorre. depois são recolhidos em tambores de metal e enviados para a industria.

A floresta de pinus se estende por quilometros por toda a costa . Os madereiros ou coletores de resina usam estas pequenas moradias para se abrigarem durante a semana, nos fins de semana eles voltam para suas casas na cidade.
Rogério resolveu armar sua barraca na varanda.

Eu estendi meu saco-de-dormir na sala e dormi pesadamente.

Acampamento hoje foi em uma casa de madeireiro, que estava vazia. A noite foi bem tranqüila.

O pôr do sol na campanha é sempre deslumbrante. Cada dia, um novo espetáculo.

Outra carcaça de barco pesqueiro, motivo para um descanso e recuperar o fôlego.

A tarde já vai pelo meio.

Logo o sol vai começar a incendiar o horizonte.

Foto: Rogério Pires

Onze e meia, o sol castiga.Já pedalamos por duas horas. Calor , sede, ah!! uma coca-cola bem gelada.

"uma antártica" grita o Rogério.

Alguns quilometros depois encontramos Claudi Cunha e seu Luiz Ismael dois pescadores com uma caixa recheada de cervejas. Ótima surpresa.

O seu Ailton Borraze é um guardião da floresta de pinus, trabalha para a Empresa Flopal, é ele quem toma conta das instalações onde os trabalhadores se abrigam durante a semana.Nos fins de semana os trabalhadores voltam para suas casas. A casa de seu Ailton é aqui mesmo.

A lua cheia nos brindou com a sua luz.

A carcaça de um barco parecem costelas de uma baleia.
por toda costa vários naufrágios indicam que se trata de um caminho dificil para a navegação.

O leão-marinho foge da minha fotografia.

O único animal vivo de grande porte que avistamos em toda a costa sul.

Ele estava descansando no sol e quando nos aproximamos voltou rapidamente para o mar.